sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

GENTE! FORAM QUASE 400 PRESENTES DOADOS NESTE NATAL!!!

A surpresa e o impulso de celebrar é a reação que vemos em cada rosto que ouve esta frase!

Mas houve um percurso percorrido. E é dele que quero falar, ou daqueles que o percorreram. Daqueles que não apenas contribuíram com o material, mas com a virtude por trás do gesto.
Não apenas com o prático e efetivo, mas com o BELO!!
A caixa tão linda e cuidadosamente decorada pela Mariana.

A delicada determinação da Jaque, superando as dificuldades. Ajudando, sendo ajudada. Ao me perguntar várias vezes: será que vamos conseguir? E se alguma criança ficar sem presente? Como um anjo que quer oferecer tudo a todos. E a resposta do céu a esse anjo foi 89 crianças amplamente assistidas pelas suas mãos, graças a capacidade que faz de alguém um herói (a), que apesar do medo segue em frente!

Ao nome “Evelise”, quase uma anônima, fazendo visível sua força, com uma humildade de quem sabe que os obstáculos são um mero capítulo de toda uma história.
A sabedoria que reside na capacidade de cooperar ilimitadamente da Karina, sabendo que manter-se dentro das regras é manter-se livre, confiável e bela. É raro encontrar alguém como você!
A vivacidade da incansável Tereza. A luminosidade de seu sorriso e a quietude de sua observação. Quando havia um trabalho a ser feito, ele merecia sua energia, ali tudo era importante!

E a consciência do sofrimento alheio que tem o Gurujot Singh, ultrapassou os limites do imediato, deixando para trás a estreiteza que só cansa, alcançando assim o PURO, além do agora!
A virtude da simplicidade da Marta! Sua contribuição foi como, em meio a um concerto, poder ouvir uma escala de um piano tocado com perfeição!

A qualidade de quem escuta o coração das coisas, só com a doçura da Virginia.Virtude que só pertence a quem já tocou a eternidade!

O corre-corre de alguém chegando com alguém saindo, pacotes se amontoando. A imagem de um presente silenciosamente colocado, sem alardes!

Nicinha e Lú e todas as funcionárias da Escola Onofre Soares, vocês são a nascente de um rio que não apenas flui mas se tornam uma fonte para os outros...

E você, Rosi Greca, a virtude da boa vontade trás alegria e é a beleza de um ser, àquilo que a faz adorável e incomum.
Alguém mais que se empolgou com a diversão do desafio de preencher 200 corações ávidos por um momento de atenção, uma reserva de amor!

Á TODAS estas ALMAS AMADAS que não puderam estar presentes, vocês foram como o sol brilhando no solo ressecado, aquecendo a terra e derretendo o gelo!

Muitas permaneceram invisíveis, apenas uma mão, gentilmente estendida para o que fosse necessário. Cada ato isolado de generosidade contribuiu para a grandiosidade deste evento!

Saibam que todos vocês com sua atitude entraram no santuário de cada alma que recebeu o amor contido no seu gesto, e o encontro dos sentimentos puros de quem oferece e daquele que recebe é um convite para que a força suprema venha e restaure a luz!

OMbrigado! Muito OMMMMMMbrigado!!!!

Sandesh

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Jalaludin Rumi

À noite, pedi a um velho sábio
que me contasse todos os segredos do universo.
Ele murmurou lentamente em meu ouvido:
- Isto não se pode dizer, isto se aprende.
"Vem, vem, seja você quem for,
Não importa se você é uminfiel, um idólatra,
Ou um adorador do fogo,
Vem, nossa irmandade não é um lugar de desespero,
Vem, mesmo tendo violado seu juramento cem vezes,
Vem assim mesmo."
Rumi

terça-feira, 10 de junho de 2008

A VACUIDADE DO ESPÍRITO

“Um recipiente só é utilizável quando está vazio, e um espírito cheio de crenças, dogmas, afirmações e citações, é na verdade um espírito estéril, uma máquina de repetição. Deste estado de vazio é que tentamos sempre fugir por todos os meios. E é por isso que a solidão é perigosa. Ela nos coloca em estado de receptividade.

Procuramos, então, aquilo que chamamos de divertimentos, encher o silencio por barulho que, transportando-nos ao passado ou ao futuro, nos afastam do vazio. Mobiliamos a solidão com pensamentos defensivos. Mas esta vacuidade não desaparece. Nós a negamos mas não chegamos a destruí-la. Se você chegar à evasão total irá parar num asilo de loucos onde se tornará completamente estúpido. E é exatamente isso o que acontece hoje no mundo”. A única solução para não se temer esta vacuidade é não fugir dela e ver a realidade cara a cara, sem palavras, sem pensamentos.

“O vazio criador não pode ser produzido enquanto o pensador estiver atento e for observador, a fim de consolidar sua experiência. Se você quiser esta experiência, a terá. Mas não será o vazio criador. Será a projeção do seu desejo, a ilusão. Mas comece a observar, a ser consciente de suas atividades em cada instante, a olhar o conjunto do seu processo como um espelho, e à medida que se aprofundar chegará, finalmente, , a esta vacuidade que somente pode produzir a renovação. O estado de vazio criador não se cultiva; ele chega sem ser convidado. E somente nele pode acontecer a revolução criadora.”


Esta vacuidade se faz presente quando a vemos como um abismo. Quando a procuramos ela escapa. Ela não tem lugar, não tem solidez, e por isso mesmo, por causa desta fluidez, é que aparece somente àquele que não sabe.

“As idéias não são a verdade. A verdade deve ser vivida plenamente, de momento a momento. Isto é a verdade. A capacidade de abordar tudo, instante a instante, à maneira de um ser novo, não condicionado pelo passado, de maneira que não existam mais efeitos cumulativos agindo como uma barreira entre o eu e aquilo que é.

A idéia só para quando há amor. E este não é memória nem experiência. O amor não pensa.”

A mobilidade da verdade precisa de uma grande mobilidade de ação acessível àquele que não se prende a nada, àquele que é livre como o vento por que viu a realidade. A rapidez de sua percepção engloba a verdade que é através de todas as evoluções. Não há mais fixidez, fórmulas, mas liberdade luminosa. Isento de toda formação, ele não é prisioneiro de nenhuma fórmula, não há mais busca ou espera da realidade. Os limites do pensamento foram ultrapassados, ele atingiu o inexprimível, o “sem palavras”.

“Se a verdade era um ponto fixo, não era a verdade, mas apenas uma opinião. A verdade é o desconhecido e aquele que a busca nunca a encontrará, porque todos os elementos que a compõem pertencem ao conhecido. O espírito é o resultado do passado, um produto do tempo. É o instrumento do conhecido e não pode descobrir o desconhecido. Pode ir apenas do conhecido ao conhecido.”

Krishnamurti

NÃO IMPORTA

NÃO IMPORTA!
Ramesh Balsekar

A cada mês o discípulo mandava religiosamente a seu Mestre um relatório que detalhava seu progresso espiritual.
No primeiro mês escreveu: "sinto uma expansão de consciência e experimento total unidade com o Universo." O Mestre deu uma olhada de lado para o relato, esmagou o papel e jogou-o na lata de lixo.


No mês seguinte, o discípulo escreveu: «Finalmente descobri que o Divino está presente em todas as coisas". O Mestre pareceu decepcionado. No terceiro mês as palavras entusiasmadas do discípulo exclamaram: O misterio do Uno e da multiplicidade foi revelado diante de meus olhos assombrados. O Mestre sacudiu a cabeça e voltou a jogar a carta na lata de lixo.


A seguinte carta dizia: «Ninguém nasce, ninguém vive e ninguém morre, porque o eu egóico não existe. O Mestre levantou as mãos ao céu em total desesperação.
Depois disso se passou um mês, e em seguida dois, depois cinco meses e finalmente um ano inteiro sem nehuma notícia.


O Mestre decidiu que era hora de recordar ao discípulo seu dever de manter lhe informado acerca de seu progreso espiritual.
Então o discípulo respondeu: « Não importa!».
Ao ler isto, um olhar de grande satisfação pode ser visto no rosto do Mestre.